sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

 Ano passado foi um bom ano. Esperava que este fosse parecido mas já começou pesado, difícil. Vontade de me cortar em pedacinhos bem pequenos para ver se a dor melhora. Preciso de Deus mas o mundo me oferece o oposto e eu me sinto só e louca.

Queria ter mais apoio, alguém para carregar minha cruz comigo pelo menos alguns metros. Mas encontro quem aconselha a joga-la fora e seguir em frente não sei para onde.

Não quero me afastar mais de Cristo, mas tem sido tão difícil. Por que minha cruz tem que ser tão pesada e invisível para a maioria das pessoas?

Por que eu preciso tanto de ajuda? Já não cheguei até aqui só com a força espiritual? Não posso falar sobre minha cruz porque ela não existe neste mundo e querem me fazer cega também.

Espero ter um bom ano, sem essas lágrimas que correm agora.

sexta-feira, 7 de abril de 2023

 Só penso em morrer. Estou mesmo muito deprimida. Não falo sobre isso com as pessoas porque ou não se importam, ou acham que quero chamar atenção ou se preocupam, essas são as que amo e não quero que se sintam mal.

É muito difícil viver sem apoio, sem alguém que me veja e se importe, que me escute e que não me dê medo.

Acho que o medo está me deprimindo. Estou apavorada, medo de dar um sorriso e ser quebrada com desprezo (como todos os dias). De verdade, queria morrer.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

 A depressão e os pensamentos suicidas voltaram. Nada novo aconteceu, a mesma vida sem sentido de sempre.

Eu sei que passa e que só tenho que aguentar e não prejudicar quem amo.

Penso que se me matar iria causar muita bagunça e ninguém deveria lidar com isso. É um pensamento positivo que uso para dizer não ao meu desejo.

Mas cansa.

Preciso falar sobre isso com alguém mas não quero incomodar ou parecer dramática. Odeio escândalos. Sempre. Gosto de manter a discrição sobre mim, o mistério é que me torna senhora da minha vida. Eles não sabem de nada então o que dizem nunca é a verdade.

A vida toda passei sendo maldita, desde criança falam mal de mim, coisas que nem imagino como inventaram, tão absurdas que chegam a ser engraçadas. Não acertam uma. E eu odeio a todos por isso, nunca me viram, não pousaram o olhar sobre mim mais de uma vez, é tão superficial, sinto o desrespeito deles, o desprezo por mim em todas mentiras e invenções que contam. Odeio eles mais do que a mim.

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

 Ando sentindo que sou inútil.  Se alguém "ler" minha vida de fora irá achar que sou folgada, não tenho estabilidade em nenhum aspecto da minha vida, não crio laços profundos, sou superficial e exagerada. Meu jeito de boa e educada deve ser uma máscara social e meu verdadeiro eu é aquele que gosta de true crimes e músicas depressivas. Mas ouço as músicas depressivas para chamar atenção e nos momentos solitários sou insensível. 

Perto dos 40 não sei quem eu sou. Sou quem eu me esforço para ser ou sou quem tento não ser. Luto com a vontade de morrer e tento encontra alegria em tudo e todos. Gosto de ver e ouvir as pessoas, mas relacionamentos são desafiadores para mim, sempre sou deixada para trás e não quero sentir isso. Acreditar que sou mesmo um lixo, um fantasma na vida dos outros. E quando as pessoas se aproximam de mim por interesse... querendo a vida que levo,  querendo comer, sair e passear com meu dinheiro (que já é pouco)? Acham que eu tenho muito, mas não sabem que vivo economizando, contando, pesquisando e pechinchando. Gosto de comprar, mas gastar dinheiro me frusta. Tenho medo de precisar no futuro e não ter e sinto-me desconfortável quando gastam comigo, quando preciso de ajuda financeira.  

Como vi num documentário,  a plenitude da felicidade acabou e tento ser feliz o tanto que dá, mas plenamente não dá mais.


Nem sei quem eu quero ser.  Meus sonhos não podem ser realizados e todos meus outros desejos são superficiais. 

Ando muito deprimida e ansiosa. Tive crise de pânico e os pensamentos suicidas voltaram.  Não falo sobre eles, falar sobre como me sinto parece tentativa de ser o centro das atenções.  Quem se importa comigo tem seus próprio problemas, que eu, infelizmente,  não ajudo, e ficariam preocupados comigo. Não tenho esse direito.  Quero os meus felizes e amados e sem se preocupar com o que não tem solução. 

A maioria das pessoas irão rir do meu sofrimento ou nem ligar, acho que a maioria nem ligaria e alguns falariam que eu mereço e deveria parar de queixas.


Minhas maiores conversas tem sido com podcasts. Converso com as pessoas que se abrem, quero abraça-las e dizer que sei como se sentem. Sinto mais compaixão pelos outros do que por mim e isso é tão hipócrita que me dá vergonha. 

O ano todo fico imaginando se irei conseguir não me matar. Penso na bagunça, no trabalho e na culpa que os meus podem sentir e não quero isso para eles. Nunca. Queria ser motivo de alegria e orgulho, mas sou motivo de vergonha e raiva e isso não tenho como mudar. Queria ser alegria e amor e sou cansaço e culpa. Quem eu amo sente raiva, vergonha e esgotamento com minha existência. Evito ficar perto deles para não fazer esse mal e quando não posso evitar,  sinto muita culpa, remorso, tristeza e vergonha. Muito.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

 Pode ser o fim de ano, estou terrivelmente depressiva. Penso em morte e mutilação, será que diminuiria minha dor?

Não sei se estou sem esperanças, já não tenho há alguns anos, só tenho vontades, vontades possíveis e positivas, mas não esperança.

Meu peito dói, não consigo engolir meus olhos ardem e caem lágrimas pesadas e tristes.

Por quê? Sei lá. A vida tem me apertado e espremido e só sai lágrimas e dói. Sinto vergonha e culpa. Fico isolada e tento não mostrar para não contaminar os outros com meu drama. Mas, sinto o vazio e a solidão. Solidão, vergonha, medo e tristeza doída.

Queria poder relaxar e me divertir, mas me sinto culpada. Não tenho cumprido meus deveres e ainda quero descansar? Sou uma vagabunda que não serve para nada e talvez, sem mim seria mais fácil.

Quem gosta de mim iria sofrer e se culpar, não quero isso. Mas quem não me quer seria livre sem meu fantasma e eu não tenho direito de existir para ser tão maltratada, desprezada, humilhada e motivo de escárnio e asco.

Sou um peso até para quem amo, minha tristeza deixa eles nervosos e já ouvi que deveria ter conseguido morrer das outras vezes.

Pensei que escrever ia esvazia minha mente desses pensamentos, torna-los concretos e reduzidos a letras. Já não sei como melhorar.

De verdade, queria ter suporte e apoio, queria ficar bem, mas não consigo sozinha e é essa é minha desesperança. Não tenho alguém para dividir meu fardo e isso é assim e não mudará sem uma tragédia. A morte é mesmo uma tragédia ou só um recomeço? Não quero ambas, antes eu carregar esse sofrimento do que os outros, até aqueles que me odeiam.

Queria uma abraço forte e protetor, ajuda, ajuda de verdade, não só discursos inspiradores (não acredito neles).

Não tem remédio para o que sinto, já falei com meu médico e o que existe já tomo. Todo fim de ano fico assim, sinto saudade da felicidade, das pessoas que amava e admirava e que me amavam e admiravam meu amor.

Odeio a bagunça em que vivo, onde nada é meu e não posso mexer. Odeio ser responsável e culpada por tudo,precisar passar recados sem citar o emissor. Precisar sorrir porque todos são doentes e suas doenças são piores que a minha. Por que eu reclamo tanto?

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

 Quero ir embora. Quero ser salva. Quero ajuda, abraços, risos e segurança. Não aguento mais.

 Dia difícil. Humilhada. Ouvi muito de todos, ouvi que eu sou ridícula, errada e irritante. Só por fé continuo, não queria mais. Hoje tive diversos pensamentos ruins. Chorei sozinha, senti vergonha e solidão. Por quê? Para quê?